Taísa Tavares disse que foi mantida em cárcere em uma casa no bairro Marabaixo, e que foi violentada sexualmente por dois dias. Assista o vídeo.
A jovem Taísa Tavares de Oliveira, de 17 anos, raptada na tarde do último domingo, 4, da frente da casa onde ela mora com a família, na rua Secundino Campos, bairro Nova Esperança, zona oeste de Macapá, foi encontrada por volta das 12h desta terça-feira, 6. Em entrevista exclusiva ao repórter Olívio Fernandes (Diário 90.9FM), na abertura do programa Ensaio Geral, com Ivo Canutti, a garota revelou ter sido levada para um cárcere no bairro Marabaixo IV, zona oeste de Macapá, onde foi violentada sexualmente por dois homens durante os dois dias em que esteve desaparecida.
Taísa afirmou ainda que foi torturada física e psicologicamente, e que durante esse tempo não fez nenhuma refeição. “Eles apenas me batiam e abusavam sexualmente. Não comi nada durante esse tempo nas mãos deles. Pensei que fossem me matar”, declarou.
Na manhã desta terça-feira a jovem aproveitou o momento de sono de um dos suspeitos que estava na casa, pegou o celular dele e conseguiu fazer uma ligação para a família dela.
“A garota disse que os elementos beberam durante a noite passada e que um deles estava dormindo profundamente. Ela conseguiu pegar o celular e ligar para os pais. A família salvou o número e apareceu a foto de perfil do suspeito no Whatsapp. A prisão dele e do comparsa é apenas uma questão de tempo”, disse o delegado Helder Farias, que foi destacado pelo secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Ericlaudio Alencar, para comandar a força tarefa criada para localizar a jovem.
A menina revelou que cerca de uma hora depois do contato os familiares retornaram a ligação. “Quando ele [suspeito] atendeu, nós dissemos que era a família da Taísa. Rapidamente ele excluiu a foto do perfil do Whatsapp e desligou o aparelho”, contou o pai da vítima.
Taísa disse que após essa ligação o homem a colocou na garupa de uma motocicleta e seguiu com ela até a ponte do Coqueiro, no bairro Novo Buritizal, onde ela foi abandonada. “Eu pedi ajuda para um senhor que estava lá próximo. Ele me emprestou o celular e fiz uma ligação para minha família. Foi quando vieram me resgatar”, finalizou.
“Já estamos deslocando equipes para essa região onde a jovem foi mantida em cárcere no sentido de localizar os dois suspeitos. Já temos algumas informações sobre eles e esperamos que ainda na tarde de hoje possamos prendê-los”, assegurou o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), coronel Paulo Mathias.
Um inquérito será instaurado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), que passa a assumir as investigações, e para onde a jovem seria encaminhada para prestar depoimento.
Imagens: Olívio Fernandes
Elden Carlos
Olívio Fernandes
Editoria de Polícia
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