sexta-feira, 23 de junho de 2017

Estudantes de escolas em tempo integral no AP relatam dificuldades e falta de estrutura

Falta de local para descanso é uma das reclamações dos estudantes (Foto: Reprodução)
Faltam banheiros adaptados e espaço para descanso. Secretaria de Educação diz que ampliação nos prédios deve iniciar em julho.

Estudantes de escolas que fazem parte da metodologia de ensino integral em Macapá reclamam que os locais não tem estrutura para abrigar as turmas durante o período de 7h30 às 17h. Entre as dificuldades estão a falta de banheiros adaptados, espaço para descanso e armário para os alunos guardarem materiais escolares.

A Secretaria de Estado de Educação (Seed) informou que a implantação do ensino integral faz parte do plano nacional de educação do Governo Federal e que as melhorias ocorrerão de forma gradativa, a curto e médio prazo. A ampliação nos prédios das escolas devem iniciar em julho.

As aulas do novo modelo de ensino iniciaram no dia 3 de abril em oito escolas de Macapá e Santana, e cerca de 1,3 mil alunos foram matriculados. Na matriz curricular, além das disciplinas obrigatórias, os estudantes contam também com disciplinas eletivas, que são escolhidas de acordo com seu objetivo.



As escolas selecionadas para ofertarem o tempo integral no Amapá são Tiradentes, José Firmo do Nascimento, Maria Carmo Viana dos Anjos, Raimunda Virgolino, Colégio Amapaense, em Macapá, e Alberto Santos Dumont, Augusto Antunes e Elizabeth Picanços Steves, em Santana.

Nas escolas Tiradentes e Colégio Amapaense, no Centro da capital, os alunos relatam as dificuldades em permanecer aproximadamente 9 horas nas instituições devido à falta de estrutura.



Na hora do almoço o pátio da instituição fica lotado, porque não há espaço para muitos alunos sentarem e os estudantes usam qualquer local para se alimentar. A estudante Thaysa Correa, do Colégio Amapaense conta que no intervalo entre turnos não há local para descanso e os alunos precisam improvisar.


“Depois do almoço costumamos empilhar as mesas e deitar nelas, geralmente em alguma sala mais ventilada, porque é cansativo ficar tanto tempo na escola, mas não há espaço para descanso”, lamentou.


O intervalo entre 12h40 a 13h30 nas escolas é direcionado para os clubes de alunos, que são grupos que os estudantes montam para a prática de atividades recreativas. Na escola Tiradentes, muitos alunos ficam pelos corredores, sem nada específico para fazer. Em uma das salas, os alunos deitam no chão.

Os estudantes reclamam ainda da falta de banheiros adequados para banho e troca de roupa. Como a quantidade de livros aumentou, faltam locais para guardar o material escolar, pois não foram instalados armários individuais.

A secretária em exercício de Educação, Keuli Baía, explica que o primeiro semestre foi uma fase de adaptação nas escolas, que ocorre simultaneamente em todo o Brasil e a partir de julho iniciam as reformas para ampliação nos colégios.


“Em julho vamos iniciar as outras etapas e estamos trabalhando para cumprir todos os prazos. O processo de adaptação está ocorrendo em todos os estados. A infraestrutura será melhorada para atender a demanda dos alunos”, completou.

Por Jéssica Alves

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