quinta-feira, 27 de abril de 2017

Autoescolas de Macapá poderão declarar falência

As autoescolas do Amapá passam pelo pior momento de suas atividades, desde que existem no estado, com algumas na iminência de terem as portas fechadas.

A situação vexatória foi revelada para o público na manhã desta quinta-feira, 27, pelo diretor de comunicação do Sindicato das Autoescolas do Amapá (Sincefocap) e proprietário da Autoescola Guanabara, Geoval da Silva Costa.

O sindicalista mostrou que além da crise pela qual todos passam no Brasil os donos dos estabelecimentos que trabalham com o ensino de condução de veículos ainda enfrentam problemas com a administração do Detran-AP que, segundo ele, mostra-se insensível aos problemas enfrentados pela categoria.

Geoval colocou que o setor sente muito a guinada de aumento de taxas exigida ultimamente. No Amapá, os centros de formação de condutores ou autoescolas são 26, orientadas pela Portaria 770/2013, que as rege. Segundo ele, essa Portaria está ultrapassada em relação às últimas mudanças ocorridas no setor.

“A iminência de desemprego é uma realidade, bem como o fechamento dos centros de formação de condutores”, alertou Geoval Costa, opinando que essa situação é em muito decorrente da falta de diálogo com o Detran, que teima em não querer conversar com categoria.

O diretor de comunicação do Sincefocap antecipou que a não aproximação do Detran ensejou os donos de autoescolas a pensarem na possibilidade de um apitaço em frente o Palácio do Setentrião.
Geoval Costa ponderou que a manifestação em frente à sede do governo do Amapá poderá ser desconsiderada se o governador Waldez Góes receber a categoria, em palácio. Ele informou que uma audiência já foi pedida ao gestor.

O diretor reclamou que em alguns estados há isenção do IPVA, mas no Amapá, não. Também registrou uma queda na abertura de processos para habilitação em virtude de que hoje, com a crise, a habilitação deixou de ser primeira necessidade.

Outro problema apontado por Geoval da Silva Costa diz respeito ao Certificado de Segurança Veicular (CSV). A frota atual das 26 autoescolas é de 140 veículos. Para que cada carro seja recredenciado, através do CSV, o dono tem que ir a Belém, a quatrocentos quilômetros de Macapá, o local mais próximo onde o procedimento pode ser feito.

Uma Portaria obriga o Detran-AP a fazer o serviço, uma vez que a norma estabelece que quando num raio de duzentos quilômetros da sede do Departamento de Trânsito não existe empresa que trabalhe com CSV, o procedimento fica sob a responsabilidade do órgão.

O sindicalista informou que em Belém o Certificado de Segurança Veicular custa R$ 300, mas com a obrigatoriedade de levar o carro para aquela cidade, o custo sobe para cerca de R$ 2 mil.


Por Douglas Lima


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