quinta-feira, 16 de março de 2017

Professores fazem 2º dia de protesto contra reforma da Previdência

Categoria destacou pautas locais pedindo melhorias na educação.
Ato reuniu cerca de 300 professores em Macapá, nesta quinta-feira (16).

Professores da rede estadual do Amapá e municipal de Macapá realizaram nesta quinta-feira (16) o segundo dia de protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo Governo Federal. Cerca de 300 profissionais se reuniram no Centro da capital para também reivindicar pautas locais, como melhorias na estrutura da educação.

Segundo a categoria, as atividades em cerca de 40 escolas estarão suspensas até o sábado (18). O movimento de professores e funcionários foi parcial ou total em algumas unidades, informou o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).

Aroldo Rabelo, presidente do Sinsepeap
(Foto: Jéssica Alves)

Os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira, localizada na avenida FAB, e caminharam, com faixas e cartazes contra as propostas da reforma, até em frente ao Palácio do Setentrião, sede do governo, onde reivindicaram pautas locais, entre elas, o fim do parcelamento de salários dos servidores públicos do Amapá e o aumento da carga horária para a categoria.

"Além do que é cobrado em ato nacional, nós professores do Amapá também exigimos que o governo encerre esse parcelamento de salários dos trabalhadores, e melhores condições de trabalho, pois estão exigindo que se tenha aumento na carga horária, mas o salário continua congelado. Por isso decidimos ir para a rua, em luta pela educação amapaense", destacou o presidente do sindicato, Aroldo Rabelo.



Professora há 11 anos na Escola Estadual Azevedo Costa, a trabalhadora Lia Borralho, de 38 anos, diz que o sucateamento e falta de segurança são fatores que prejudicam o ensino na instituição.


"Esse ato parte da reorganização da classe trabalhadora brasileira e vemos a educação ser desvalorizada, com as escolas sem estrutura, sendo alvo de furtos. O governo deveria zelar pela educação, mas isso não vem ocorrendo. Por isso, infelizmente tivemos que deixar a sala de aula e ir buscar nossos direitos, na rua", disse.

Funcionários em greve
Apesar de a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) recomendar ao governo do Amapá para que cumpra decisão de outubro de 2016 do Supremo Tribunal Federal (STF), que autoriza o corte do ponto e dos salários de funcionários públicos em greve, a secretaria destacou que os servidores deverão repor as aulas, mas sem que os salários sejam prejudicados.

Em nota, a Seed informou que servidores que paralisarem suas atividades, deverão cumprir a reposição das horas paradas, e a compensação deverá ser acordada entre professores e direção da escola e homologada pela secretaria, para que sejam cumpridas as 800 horas e 200 dias letivos.

A Seed ainda esclarece que mantém o diálogo permanente com o Sinsepeap, através da Agenda do Servidor, bem como reuniões, encontros e audiências públicas com alunos, grupos estudantis, professores, diretores e toda comunidade escolar.



Por Jéssica Alves

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