terça-feira, 23 de maio de 2017

Acordo define retomada de obras e repasse do Hospital Metropolitano

Prefeitura da capital vai captar recursos para concluir obra e equipar prédio. Após finalização, hospital será entregue e gerenciado pelo governo estadual.

A prefeitura de Macapá e o governo do Amapá assinaram nesta terça-feira (23) um convênio que vai garantir a finalização das obras, a entrega e funcionamento do Hospital Metropolitano, iniciado em 2001, e que está com 70% dos serviços concluídos. A nova previsão é de que a unidade esteja pronta em até três anos.
O acordo entre os poderes foi intermediado pela Justiça Federal, que se comprometeu em auxiliar a prefeitura na captação de recursos para execução da obra e aquisição de mobiliário e equipamentos para o prédio. Após isso, a estrutura será entregue para ser gerenciada e mantida pelo governo.

O custeio pela prefeitura da capital foi um dos principais motivos que levaram ao acordo, pois nos últimos anos, a gestão municipal alegou não ter condições de terminar e manter o hospital em pleno funcionamento, com custo estimado em mais de R$ 50 milhões anuais.

Para a conclusão do prédio e compra de aparato são necessários R$ 17 milhões, que serão buscados através de recursos de emenda parlamentar e do Ministério da Saúde. A previsão é de que o hospital funcione como unidade de especialidades, a fim de atender a uma maior necessidade de pacientes.

"Um hospital de porta aberta é bem vindo, sim, mas a maior necessidade não é essa. O pronto socorro pode muito bem fazer esse primeiro atendimento, o que falta é o passo seguinte, aquele hospital de portas fechadas, mas com procedimentos eletivos, a gente dá um salto histórico, em uma das nossas maiores mazelas, que são os traumas", declarou o prefeito Clécio Luís.

O termo que determinou o convênio vem sendo discutido desde o início do ano, de acordo com a Justiça. O juiz federal João Bosco, da 2ª Vara Federal do Amapá, destacou que a parceria pode ser considerada histórica, em função do retorno efetivo das atividades na obra após uma década.

"Governador e prefeito superaram divergências partidárias para colocar o interesse público em primeiro plano. Isso será um legado dos dois, dessas duas autoridades, para as futuras gerações de políticos do Amapá", comentou o juiz João Bosco.

A proposta de parceria também foi defendida pelo governador Waldez Góes sobre o hospital, que terá atenção especial para traumatologia, ortopedia e neurocirurgia. O Estado também vai atuar em Brasília na requisição de recursos para acelerar a conclusão da estrutura.

“Estado, Município e Governo Federal precisam se ajudar, pois a prefeitura não tem condições de terminar a obra sem o aporte do Governo Federal, e nem o Estado, por isso a importância deste momento”, falou Waldez.

OBRA DE 17 ANOS

As obras do hospital foram iniciadas em 2001. Os trabalhos paralisaram por duas vezes em 15 anos. A primeira suspensão aconteceu em 2005, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Pororoca, apontando irregularidades no manejo de recursos para a construção. Em 2012, a empresa responsável pelo serviço abandonou a construção por insuficiência financeira para continuar a obra, informou a prefeitura. 
 
Por John Pacheco
 
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